Preparando o Natal


Durante quatro semanas, a Igreja nos prepara para celebrarmos o nascimento de Jesus. Embora distante no tempo, o natal de Belém é um acontecimento atual, porque o Senhor menino continua nascendo entre nós em cada dia, a cada instante, nos gestos de amor, nos testemunhos de justiça e nos sinais de fraternidade, até o fim da história. Ele veio ao mundo para revelar o Pai e propor que os seres humanos vivam como irmãos; para fazer-se mais presente entre nós, na medida em que a convivência humana se enriquece com relacionamentos fraternos. Infelizmente a humanidade tem sido lenta na aprendizagem dessa virtude, pois ainda soletra mal a cartilha da fraternidade. Mais de 20 séculos de civilização cristã não bastaram para a terra tornar-se o berço da reconciliação universal profetizada por Isaías, mundo em que o cordeiro e lobo são amigos e as criancinhas não se envenenam ao brincarem com a serpente.

Dia 25 deste mês, festejamos o nascimento de Jesus. É uma solene data no calendário litúrgico. Assinalada por uma celebração que toca muito o coração das pessoas, mesmo o das que não se pautam pelas propostas da Igreja. Entretanto toda celebração da fé implica um compromisso. Não se pode, portanto, comemorar o Natal numa sociedade onde se encontram seres humanos miseráveis, que buscam sobras de alimento em torno de mesas fartas e árvores carregadas de presentes, à vista de gente que nada possui. Atrás da cortina das músicas natalinas, ouvem-se ainda os gemidos dos pobres, os preferidos do Menino de Belém. Tamanha desigualdade nega o Natal. É possível celebrá-lo num contexto tão contrário ao projeto de Deus?

A Igreja nos oferece o Advento para apressarmos a conclusão do reino messiânico inaugurado por aquela criança nascida pobre, na humildade de uma gruta.

D. Geraldo Majella Agnelo Cardeal Arcebispo de Salvador

Querido leitor, querida leitora, você tem em mãos o nosso último jornal A Voz da Ilha do ano de 2010. Com ele queremos que chegue o nosso agradecimento a todas as pessoas de boa vontade que nos ajudaram com o seu patrocínio, com o seu trabalho ou outros meios. Quero muito, de coração, agradecer a todos os irmãos e irmãs que me ajudaram ao longo de mais um ano, seja com seu apoio nos trabalhos pastorais, seja com suas orações, críticas e paciência nas minhas muitas limitações humanas que, com certeza, deixaram conseqüências no exercício do meu ministério sacerdotal.

Que Deus, nosso Pai querido, faça chegar a todos os lares e a todos os corações as suas bênçãos através da ternura e singeleza do Menino de Belém.

Aceitem a minha gratidão por todo apoio e carinho a mim dispensado ao longo deste ano que ora finda e recebam o meu abraço fraterno com minhas orações e votos de Boas e Santas festas, das quais o motivo da alegria seja o Senhor Jesus.

Fraternalmente, Pe. Paulo