A Vocação de Maria

O cristão atualizado na sua fé sabe que agosto é o mês vocacional. Cada domingo a Igreja reflete sobre uma vocação específica. Todas são atalhos para que ele atinja o objetivo maior da antropologia cristã: ser pessoa num mundo que a dignifica e se compromete com a sua santidade, a vocação universal realizada por meio de missões específicas, lembradas em cada domingo do mês.

Entretanto, como a fé cristã se revela na vida, precisamos de modelos que nos orientem. A devoção aos santos é uma proposta nessa direção. Nenhuma lição de vida, porém, é mais educativa e santificadora do que a de Maria, a mulher plena, a figura humana mais completa, síntese de todos os valores humanos aperfeiçoados pela graça divina. A mãe de Jesus foi um relicário de virtudes que chegaram a tal dimensão porque se deixaram alimentar da sua decisão de viver segundo o projeto de Deus. “Faça-se em mim conforme a tua Palavra” foi o segredo de sua grandeza, a justificativa da sua maternidade. Da encarnação ao calvário, das bodas de Caná à descida do Espírito Santo, os seus testemunhos revelaram a submissão libertadora da sua vontade aos apelos do Pai. Acolhendo sempre a luz da Verdade, ela compreendeu que só em Deus encontraria a sabedoria que orienta, a esperança que incentiva e o amor que constrói.

Que Nossa Senhora da Assunção - cuja festa é celebrada no terceiro domingo deste mês - seja para nós o ícone da vocação realizada, ensinando-nos a dar sempre o nosso “sim” ao seu Filho, o único caminho que nos conduz das limitações do tempo tempo para a bem-aventurança eterna.

D. Geraldo Majella Agnelo
Cardeal Arcebispo de Salvador




Como é bom ter a certeza de que Deus nos chama e nos ama, apesar de nossas fraquezas e de nossos erros.

Como é bom também, aceitar o convite dele, colocar a mão no arado e não olhar para trás, porque sabemos que Ele vai à nossa frente e que nos capacita o tempo todo para o serviço que quer de nós.

Estamos iniciando o mês vocacional e uma certeza deve nos acompanhar: Deus capacita aqueles que escolhe e é por isso que nos chamou a anunciar o seu Reino para todos/as.

Uma outra convicção que deve nos acompanhar, é que todos os serviços na Igreja são importantes. Não há um sequer que seja desnecessário ou menos importante que o outro. O Padre é muito importante para o anúncio do Reino. O leitor na liturgia, o catequista, aquele que acolhe à entrada da igreja, o que canta, o que anima, o que visita os enfermos, o que conforta os tristes, todos, são indispensáveis para que o Reino de Deus seja anunciadoe para que caminhemos rumo ao Novo Céue à Nova Terra, onde haverá vida plena e abundante para todos os fi lhos e fi lhas de Deus (Jo 10,10).

Com este nosso jornal do mês de agosto fazemos chegar a todos e todas que vivem a sua vocação cristã, testemunhando-a no serviço à comunidade, o nosso sincero agradecimento. Continuemos pedindo ao Pai que envie operários para a messe.

Fraternamente Pe. Paulo