Somos todos enviados

O mês de outubro é de forte apelo ao nosso coração, além de ser o mês do Rosário, das crianças, dos professores, é o mês da Rainha e padroeira do Brasil, e é sob o olhar da Senhora Aparecida que caminhamos com Jesus no desejo de sermos, de fato, uma Igreja Missionária para que o evangelho possa chegar até os confins da Terra, como ordenou Nosso Senhor.

Mesmo que eu ou você não seja enviado para terras longínquas como são Francisco Xavier, não nos esqueçamos que lá já está alguém, que confiando numa Igreja solidária foi em nosso nome. Portanto, ao longo deste mês das missões, com maior fervor, rezemos pelos missionários e missionárias e sejamos nós também missionários e missionárias, como Santa Terezinha e que a nossa oração seja concreta com a nossa participação generosa na campanha missionária, porque Missão é Partilha, por isso peçamos:
Dai-nos a bênção, ó Mãe querida, Nossa Senhora Aparecida.

Fraternalmente,
Pe. Paulo


Leia abaixo o que nos escreve o D. Geraldo Majella Agnelo, Cardeal Arcebispo de Salvador.

Depois de cuidadosa catequese com o mês vocacional e o mês bíblico, a Igreja convoca e envia seus fieis para a missão. Toda a espiritualidade do seguidor de Jesus é estimulada e coroada pela atividade missionária. É saldo do que o cristão recebe em bens materiais e valores morais. É a resposta às propostas que Jesus Cristo faz a cada instante, para que o ser humano se torne seu parceiro na história da salvação.

Tudo é missão, desde o ministério dos assinalados pela unção sacerdotal até o gesto mais simples da vida de um batizado, quando realizado em sintonia com a vontade do Pai. O cristão é um missionário quando se dedica à evangelização ou cumpre bem as tarefas decorrentes do seu compromisso de fé e sua vocação temporal. Basta que nele exista a consciência sincera de que nasceu e foi batizado para servir como operário do reino de Deus. Com a sua oração, anúncio e testemunho cabe-lhe transformar esta realidade, cheia de contradições, numa civilização fermentada pelo evangelho e costurada com os fios resistentes da esperança e da solidariedade.

Se neste mundo – que há mais de dois milênios foi batizado com a água da salvação – ainda se encontram tantas marcas do egoísmo e da descrença, o motivo é a falta de consciência missionária na maioria dos batizados. Eles não se sentem responsáveis por revelar, numa sociedade violenta e sem fé, a presença de Deus Pai, que os ama loucamente e os chama para apressarem o tempo da reconciliação e da unidade.

Unidos todos numa missão evangelizadora, é possível que a humanidade se converta e caminhe solidária para a terra dos bem-aventurados.

D. Geraldo Majella Agnelo
Cardeal Arcebispo de Salvador
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