O que é a Bíblia? Um conjunto de 73 livros de vários autores, escritos em épocas e locais diferentes, durante mais de mil anos. Certamente uma coleção literária com tais peculiaridades correria e risco de dispersão no seu conteúdo. Por que isso não aconteceu? Porque há um fio condutor, uma idéia comum que perpassa por todos eles, do Gênesis ao Apocalipse: a aliança entre Deus e os homens. Aliança é um acordo entre duas partes que vale como um contrato escrito, mas a aliança bíblica não foi assinada em nenhum documento, já que, no tempo dos primeiros livros sagrados, a comunicação era feita por meio da palavra falada. Uma vez que fosse pronunciada, não podia ser anulada ou desmentida, e, quando se tratava de uma bênção ou maldição, ela acompanhava a pessoa a quem se dirigiam.
Quando Deus criou o homem, já o fez participante da aliança consigo. Por isso não consta um pacto explicito de comunhão no relato da criação, visto que a semente do amor entre Deus e a humanidade foi plantada no coração humano.
Com a desobediência de Adão e Eva, desfez-se o relacionamento entre o criador e sua privilegiada criatura. E, como foi rompido o vínculo com o Pai, desaparece o laço da fraternidade e Caim mata Abel. A partir daí o homem vive a tensão entre estar com Deus ou distanciar-se dele. Porque o abismo do desamor foi crescendo, o mal foi minando todas as realidades terrenas, ate que Deus, depois de séculos, refaz a aliança no Sinai, quando entrega a Moisés as tábuas da lei. Naquele momento, Javé falou: “Vós sereis para mim um reino de sacerdotes e uma nação santa” (Ex 19,6). O evento do Sinai é a chave da leitura do Antigo testamento, narrativa da primeira aliança, que prepara para a definitiva – a nova aliança-, assinada com o sangue de Jesus no Monte Calvário.
Estamos no mês da Bíblia, e o nosso compromisso com a palavra de Deus é viver, nesta sociedade de tanta desunião, a nossa aliança com ele, revelada na fraternidade, sinal mais marcante do seu reino.
Quando Deus criou o homem, já o fez participante da aliança consigo. Por isso não consta um pacto explicito de comunhão no relato da criação, visto que a semente do amor entre Deus e a humanidade foi plantada no coração humano.
Com a desobediência de Adão e Eva, desfez-se o relacionamento entre o criador e sua privilegiada criatura. E, como foi rompido o vínculo com o Pai, desaparece o laço da fraternidade e Caim mata Abel. A partir daí o homem vive a tensão entre estar com Deus ou distanciar-se dele. Porque o abismo do desamor foi crescendo, o mal foi minando todas as realidades terrenas, ate que Deus, depois de séculos, refaz a aliança no Sinai, quando entrega a Moisés as tábuas da lei. Naquele momento, Javé falou: “Vós sereis para mim um reino de sacerdotes e uma nação santa” (Ex 19,6). O evento do Sinai é a chave da leitura do Antigo testamento, narrativa da primeira aliança, que prepara para a definitiva – a nova aliança-, assinada com o sangue de Jesus no Monte Calvário.
Estamos no mês da Bíblia, e o nosso compromisso com a palavra de Deus é viver, nesta sociedade de tanta desunião, a nossa aliança com ele, revelada na fraternidade, sinal mais marcante do seu reino.
Fonte: Dom Geraldo Majella Agnelo Cardeal Arcebispo de Salvador
Que Deus abençoe a todos nós neste mês da Bíblia e que assim como a Primavera floresce nos campos, floresça em nossos corações a primavera da Palavra de Deus.
Fraternalmente, Pe. Paulo
