Maria, uma vocação realizada

Espero que o nosso jornal do mês de agosto possa ser um instrumento de reflexão, aprendizagem e revisão para a nossa caminhada humana e vocacional, uma vez que estamos celebramos todas as vocações. Desde a primeira vocação à vida, passando da vocação de ser filho e filha de Deus para as vocações específicas: ser padre, ser religioso ou religiosa, ser pai, ser catequista, ser leigo e leiga a serviço da Igreja e também a grande vocação de sermos família. A todos os nosso paroquianos e leitores uma boa leitura e bom proveito do nosso jornal “A Voz da Ilha”.

Fraternalmente, Pe. Paulo

“Agosto é o mês reservado pela Igreja no Brasil para revermos com maior seriedade a nossa vocação. Se esta começa com um chamado de Deus, não se esgota no dia em que decidimos por determinado caminho. Ela é uma história que escrevemos em nossa vida, palavra por palavra, a cada dia, a cada instante. Cada ser humano é irrepetível. Por conta disso, a vivência da vocação pessoal é marcada pela originalidade. Cada um tem o seu jeito próprio de ser, com inteligência e liberdade, com seus valores, opções e sonhos. Deus só cobra aquilo que cada um consegue dar. Nesse sentido, a parábola dos talentos é muito expressiva.

Neste mês (dia 16), a Igreja celebra a Assunção de Maria, o mais recente dos dogmas marianos, proclamado pelo papa Pio XII em 1º de novembro de 1950. É muito oportuna uma festa de Nossa Senhora no calendário do mês vocacional. Desde o momento em que deu o “sim” ao arcanjo Gabriel, ela foi totalmente fiel ao Pai no compromisso assumido, com palavras e atitudes que testemunharam sua missão de mãe do Filho de Deus. Com rapidez, sobe às montanhas da Judeia para congratular-se com a prima Isabel, também grávida. E esse encontro das duas mães não foi só um momento de ternura e amor. Maria não perde tempo: anuncia, com o Magnificat, o projeto de Jesus.

Da anunciação ao calvário, ela ensina o que é uma vocação realizada.”

D. Geraldo Majella Agnelo
Cardeal Arcebispo de Salvador